A Amazon vai intensificar a disputa no segmento de serviços de nuvem com a Microsoft. Ao que tudo indica, a gigante do varejo online pretende ingressar também na seara dos aplicativos de produtividade de negócios, mercado atualmente dominado pela Microsoft. Embora o plano não tenha sido anunciado pela empresa, um processo movido contra um ex-funcionário traz fortes indícios nesse sentido.
Recentemente, a Amazon entrou com uma ação judicial contra Gene Farrell, ex-vice-presidente de sua unidade de computação em nuvem, a Amazon Web Services (AWS), alegando que ele violou a cláusula de não concorrência ao aceitar emprego na startup SmartSheet. A Amazon argumenta que a posição dele na AWS, onde supervisionou o desenvolvimento de aplicações de produtividade de negócios, Farrell teve acesso “informações confidenciais críticas”. E agora está trabalhando para um “concorrente”.
“Farrell estava envolvido e a par da estratégia da AWS, envolvendo desde o roadmap de produtos, pipeline, clientes, pontos fortes e fracos dos aplicativos de produtividade baseados em nuvem, incluindo o desenvolvimento de novos produtos ainda não lançados”, disse a Amazon, segundo o site americano Business Insider.
O fato é que o processo aberto contra o ex-funcionário não deixa dúvidas de que o plano futuro da AWS é realmente ter um produto que possa competir diretamente, por exemplo, com a SmartSheet, planilha online para distribuir tarefas e acompanhar seu andamento. Hoje os concorrentes mais próximos do produto são o Excel (para aqueles que gostam de usar planilhas para tudo), o Microsoft Project, Microsoft Planner e outras ferramentas de gerenciamento de tarefas de colaboração online como Trello, Asana e JIRA.
Na verdade, a AWS já oferece algumas ferramentas de produtividade de negócios, incluindo compartilhamento de arquivos, e-mail e calendários, e alguns aplicativos de comunicação e colaboração, mas não tem nenhum aplicativo como o SmartSheet.
A queixa da Amazon na ação inicial que moveu contra Farrell é que ele estaria trabalhando em um novo produto para a SmartSheet. “Antes de sair, ele trabalhou em um componente crítico de um produto”, diz Amazon em um documento. Em outro documento, a empresa diz que o material e os planos aos quais Farrell tinha acesso foram mantidos pela empresa. “Essas informações não estão disponíveis para pessoas de fora da Amazon, e mesmo internamente são acessíveis apenas a aqueles que têm necessidade de tais informações em razão dos negócios”, diz o texto.
Parece que, a partir desses documentos, a Amazon tem grandes planos para a AWS e provavelmente tem mais aplicativos de produtividade de negócios em desenvolvimento. Se isso se confirmar, ela invadirá não só no domínio da SmartSheet, mas também da Microsoft e outras empresas.
FONTE: COMPUTER WORLD
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