Cloud entra na segunda década, como será? Gartner aponta as tendências dessa evolução: O instituto de pesquisa global e consultoria Gartner avalia que depois de ter sido considerada uma plataforma experimental, agora a computação em nuvem tornou-se parte crucial da Tecnologia da Informação (TI). Passados dez anos após o início do seu uso, as empresas devem pensar em ampliar cada vez mais seus investimentos em cloud computing.
De acordo com o Gartner, essa tecnologia gerou uma disruptura no ambiente de TI e, na segunda década, ruma para estar cada vez mais presente nos processos de transformação. Nos últimos dez anos, prossegue a consultoria, essa inovação mudou as expectativas e competências do departamento de TI.
Hoje, a computação em nuvem é um catalisador necessário para o desenvolvimento em toda a empresa, segundo o Gartner. Na medida em que a tecnologia se desenvolve, as objeções diminuem, embora mitos e termos tecnológicos confusos ainda persistam.
Para o vice-presidente e Fellow do Gartner, David Mitchell Smith, ao entrar em sua segunda década, a computação em nuvem se torna cada vez mais uma ferramenta para as empresas digitais da próxima geração e para soluções mais ágeis, escaláveis e flexíveis. “Os CIOs e outros líderes de TI precisam adaptar suas estratégias continuamente para aproveitar todos os recursos que a nuvem pode oferecer”, explica.
Antes tarde do que nunca
Smith diz ainda que não é tarde para começar a planejar um futuro completamente baseado em cloud. Segundo pesquisa do Gartner, que será apresentada durante sua Conferência, nos dias 25 e 26 de abril em São Paulo, até 2020, qualquer estratégia para novas iniciativas de TI que não seja baseada apenas em cloud demandará justificativa em mais de 30% das grandes organizações.
Durante a década passada, ele afirma, a computação em nuvem amadureceu em vários aspectos. “Atualmente, a maioria das análises de segurança indica que a tecnologia em cloud tradicional é mais segura do que a TI in loco. Além disso, os serviços em nuvem frequentemente são mais completos em funcionalidades e os fornecedores desse segmento já oferecem opções para migração.”
Outro dado importante do instituto de pesquisa é que, a inovação está mudando rapidamente para cloud, com muitos vendedores adotando uma abordagem focada em nuvem para design de produtos e com algumas inovações tecnológicas e de negócios disponíveis apenas como serviço em cloud. Isso inclui novidades em Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês).
Mudança de estratégia
A pressão para a migração para os serviços em nuvem está a cada dia maior. Com isso, mais empresas estão criando planos que refletem a necessidade de alteração na estratégia. Nessas organizações, projetos que propõem recursos internos são considerados conservadores, uma vez que a agilidade reduzida e as opções de inovação diminuem a velocidade de competitividade. Assim, as companhias começarão a pressionar os departamentos de TI para adotar cloud.
O Gartner alerta que nem todos os projetos podem utilizar serviços em nuvem por questões regulamentares, de segurança ou até pelo valor investido nas iniciativas. Além disso, algumas empresas não contam com o talento ou com as habilidades necessárias para essa implementação.
Até 2021, de acordo com a consultoria, mais da metade das organizações globais que já utilizam cloud hoje terá adotado estratégias totalmente em cloud. Para isso, não basta simplesmente levar todo o conteúdo do Data Center para a nuvem.
É preciso avaliar quais aplicações no data center podem ser substituídas por software como serviço (SaaS), remodeladas ou recriadas, recomenda o Gartner. Entretanto, uma estratégia de mudança total terá um impacto maior em TI se comparada a um plano Cloud-first ou Cloud-only.
“Cloud entra na segunda década”
FONTE: IT FORUM 365
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