De acordo com o Gartner, instituto de pesquisa dedicado ao setor de TI, os investimentos em soluções que consideram a cloud computing somarão o dobro nos próximos anos se comparados às soluções que não utilizam a nuvem.
É neste cenário dinâmico e repleto de novidades que desponta uma nova tendência do setor: a Edge Computing, ou em tradução literal, computação de borda. Em linhas gerais, trata-se de um desdobramento dos avanços da nuvem e das novas tecnologias.
A Edge Computing pressupõe a descentralização do armazenamento e processamento dos dados, que passa a acontecer mais perto de onde as informações são geradas e utilizadas. É um fenômeno que ocorre graças ao surgimento de novas tecnologias como a Internet das Coisas e a Inteligência Artificial, por exemplo.
O fato da multiconexão estar em aparelhos variados, independentemente da localidade, acaba pulverizando essa rede de armazenamento e processamento de dados – que diante de tantos dispositivos conectados, não precisa estar mais atrelado apenas à nuvem.
A democratização do acesso e da produção dessas informações, aliado a um volume crescente de dados depositado na rede, cria um ambiente conturbado em que depender de apenas uma única nuvem pode ser um fator a dificultar a transmissão de informações.
Mais do que nunca, nessa nova era, o domínio e a governança sobre os dados devem ser tratados como um bem público.
O fato de estarem constantemente ligados a uma cloud central pode ser até um fator limitante em termos de acesso a partir de outros dispositivos. A nuvem pode sim limitar o aprendizado de máquina.
Diferentemente da Cloud Computing, que atua no nível da internet, a lógica da Edge Computing está no nível de provedores de serviço – LAN/WAN. Implica em processamento de dados em tempo real, análises, carregamento de dados, filtragens e otimizações. Em linhas gerais, proporciona avaliações mais rápidas e ações localizadas para modernização da TI nas empresas.
Edge Computing, IoT e previsões para o futuro
De acordo com alguns especialistas, a sequência da chamada 4ª Revolução Industrial deve culminar no desaparecimento da nuvem.
Isso porque, diante da independência de outros dispositivos em termos de consumo, armazenamento e intercâmbio de informações, a nuvem passa a não ser parte fundamental no processo.
Voltando no tempo, a conexão já foi baseada em estruturas – mainframes – centralizados. As operações, dentro das empresas, contavam com grandes estações de servidor e até refrigeração nas máquinas para coordenar os serviços do setor de TI.
Essas grandes centrais deram lugar a um novo momento, mais descentralizado, que só conectou cliente e servidor através das nuvens. Caso esse movimento de fluxo e refluxo se repita, a tendência é que a nuvem – agora no papel de rede centralizadora – dê lugar a formas ainda mais dinâmicas, como as ferramentas vinculadas à IoT.
Momentos como esse, pré-disrupção, já se tornaram comuns na escalada da internet nas últimas décadas. O que deve se levar em conta, neste cenário, é a capacidade de adaptar os serviços e produtos a essa nova onda que, ao mesmo tempo que pressupõe a interconectividade, defende uma maior descentralização.
Do Big Data ao Machine Learning, o processo de tratamento e manipulação dos dados evoluiu. E a segurança da informação se tornou ainda mais primordial.
E, agora, com o advento do Edge Computing, a ideia é que quanto mais próximo a informação for analisada do ponto em que foi coletada, melhor para o sistema. Isso termina com o telefone sem fio que muitas vezes compromete o trabalho da empresa na hora de transmitir as informações.
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