Internet of things, array of things, smart city e criatividade: O conceito de Internet of Things vem ganhando muito destaque no mundo da computação. Talvez um dos grandes atrativos desse conceito seja justamente a exploração quase infinita da criatividade. Quando unimos eletrônica e software, o número de soluções tecnológicas extremamente interessantes se expande exponencialmente.

Existem diversas áreas do conhecimento que se beneficiam da ideia de colocar todas as coisas do mundo em rede, mas uma delas merece destaque. A automação residencial e as Smart Cities, que consequentemente abordam também os Smart Citizens. A possibilidade de tornar objetos inanimados em “seres” inteligentes, e passíveis de coletar informações do mundo à sua volta e compartilhar essas informações com qualquer indivíduo, com o uso de uma API, Restfull e Cloud Computing, traz um mundo de novas soluções.

O conceito de Smart City ainda não possui uma definição totalmente fechada e formalizada que possa ser seguida pelos players de mercado e pela academia. Porém, quase todas as definições entendem que é um conjunto de dados gerados pela cidade, como informações sobre consumo de recursos naturais e energéticos, dados governamentais abertos, participação ativa da população e uso intenso da tecnologia. Aqui vamos focar no primeiro ponto: coleta de informações úteis geradas pela própria cidade inteligente.

Basicamente, uma arquitetura bem simplista desse processo envolve os seguintes agentes e processos: uma plataforma eletrônica composta de sensores analógicos e digitais que captam informações do ambiente, sendo que um dos mais usados atualmente é o Arduino. Segundo, uma plataforma de Cloud Computing na qual todos esses dados serão armazenados, e regras de negócios e inteligência podem trabalhar sobre eles. Por fim, um ou vários clientes (desktop, mobile) consomem essas informações e as apresentam aos usuários no momento e no contexto que mais se adequam a eles.

Até alguns anos atrás, todo esse processo deveria ser feito quase que exclusivamente com código nativo, sem uso de muitas bibliotecas e/ou frameworks. Mas, com o passar do tempo e, principalmente, com a importância de conceitos como IoT e Smart City, novas soluções surgem quase que diariamente, visando a acelerar o processo de criação e a produção de software para esses cenários. Seria impossível citar todas elas em um reduzido espaço de artigo, porém duas delas me chamaram a atenção recentemente.

A primeira delas é o Array of Things. Segundo o próprio site da ferramenta: “The Array of Things (AoT) is an urban sensing project, a network of interactive, modular sensor boxes that will be installed around Chicago to collect real-time data on the city’s environment, infrastructure, and activity for research and public use. AoT will essentially serve as a “fitness tracker” for the city, measuring factors that impact livability in Chicago such as climate, air quality and noise”. Fonte: http://arrayofthings.github.io/.

Porém, logo em seguida, encontrei o SmartCitizen.me, que é uma solução global composta por um kit baseado no Arduino, uma plataforma na nuvem e uma API aberta para ser usada por desenvolvedores, permitindo a criação de qualquer aplicação com os dados capturados e expostos pelos kits mostrados abaixo:

O projeto fornece inclusive uma página onde você enxerga todos os kits, e com filtros para agilizar a busca. Por exemplo, no momento da escrita deste artigo, no início de setembro, estou em Passo Fundo, uma cidade no interior do Rio Grande do Sul. Mas consigo saber, através do SmartCitizen, que em Ningbo Shi, na China, a temperatura é de 29.10 graus Celsius, que a luminosidade está em 21.9 Lux e que o ruído está em 58.71 decibeis.

Ou seja, a criatividade nunca esteve tão bem servida, e as ferramentas, plataformas e tecnologias oferecidas no mundo contemporâneo permitem integrar dados e informações, com cidades e cidadãos inteligentes. Podemos levar a vida na cidade a um outro patamar, influenciando direta e positivamente a vida de bilhões de pessoas.

“Internet of things, array of things, smart city e criatividade”

FONTE: IMASTERS


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